Camboja inicia quatro dias de cerimónias fúnebres do rei Norodom Sihanouk
Tiveram início, no Camboja, as cerimónias fúnebres do antigo rei Norodom Sihanouk.
Esta manhã, após um curta oração, o caixão saiu do Palácio Real acompanhado pela Guarda Real e foi transportado para o crematório construído de propósito para o efeito em Phnom Penh.
Junto ao caixão seguiam a rainha Monique e o filho e monarca desde 2004, Norodom Sihamoni, com o cabelo rapado em sinal de luto.
Falecido a 15 de outubro de 2012, o corpo de Norodom Sihanouk permaneceu em câmara ardente no Palácio Real durante três meses, uma tradição seguida desde 1960, após a morte do seu pai, Norodom Suramarit.
Sihanouk foi a mais importante figura da história contemporânea cambojana, assumindo papéis de destaque. Foi primeiro-ministro, chefe de Estado e monarca.
Foi testemunha privilegiada dos momentos chave da história do país: desde a independência de França em 1953 até ao regresso da paz em 1988, após décadas de guerra civil e do regime dos Khmers Vermelhos, a quem se aliou entre 1975 e 1979. Em seguida exilou-se e só regressou ao Camboja 12 anos depois, em 1991.
Detentor de um dos reinados mais longos da Ásia, Norodom Sihanouk abdicou do trono em outubro de 2004, a favor do filho Norodom Sihamoni.
As autoridades esperam a participação de um milhão de pessoas durante os quatros dias de cerimónias.